25 de mar. de 2016

Patú

Wilton Matos e Marlene Freitas

Conheci essa simpática senhora na Vila dos Poetas em Maranguape, Ceará. Farmacêutica aposentada trabalhou com o lendário Abreu Matos implantando as Farmácias Vivas em Maranguape. De cara me convidei para visitar o seu jardim e aprender um pouco com essa pessoa. Fomos eu e Paola para essa visita numa manhã que a gente não esperava, nem imaginava. Na entrada, uma casa de alpendre recheada de plantas, flores, suculentas, cactos, árvores de impressionar. Eu soltando elogios e a Marlene falou: "é que você ainda não viu o quintal". Aí o quintal... é de tirar o fôlego, suspirar e sentar para se recompor de emoção e retomar a visita. Uma estufa de orquídeas, mais e mais flores, quase todas cuidadosamente identificadas. São de várias origens sendo compradas ou ganhadas.  Há também um roçado com milho, macaxeira, feijão. Árvores frutíferas e outro tanto de plantas medicinais. Claro!

Fiquei curioso de saber como foi pra ela chegar até aquela estágio. Senta que lá vem a história. D. Marlene contou que tudo começou na sua infância. Ela ainda nem falava direito e um tio colocava pequenas flores nas mãos da pequena Marlene e dizia: "Patú!". Ai ela se enchia de alegria, cores e odores. Quando dava uma vontade ela babuciava umas palavras para sua mãe: "Mãe, qué patú". E a mãe prontamente cacheava as mãos dela de "patú". Deu uma luz e uma esperança de sair dando os "patús" para despertar em todos esse encantamento pelas plantas. E essa história fica guardada de coração.

Fotos: Paola Celina

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